As
prioridades da escola foram definidas por meio da reflexão,
discussão e tomada de decisão coletiva do Conselho Escolar. Fizemos
um diagnóstico da realidade da Unidade Escolar e fomos definindo os
caminhos para se chegar onde queremos. Juntos, estabelecemos ações,
atividades, etapas e prazos para a operazionalização do trabalho a
ser realizado.
O
Conselho Escolar representa a voz dos diferentes segmentos da escola,
internos e externos, deliberando sobre a construção e a gestão do
Projeto Político Pedagógico. Esse Conselho é órgão mais
importante dentro do contexto de uma instituição escolar para que
se crie um canal de participação que contribua para a construção
de uma escola democrática.
Após
um esforço de toda comunidade escolar, coordenado pela diretora de
escola, no sentido de fazer um bom diagnóstico da escola para
identificar os pontos positivos e negativos e a partir daí, definir
as prioridades, os objetivos e as metas a cumprir. O trabalho se
constitui em uma análise ampla da escola, levando em consideração
suas várias dimensões. Foi um exercício desafiador porque
estávamos em busca de um norte para que a escola possa alcançar
maior qualidade de ensino.
Algumas
perguntas orientaram o debate, como por exemplo: “Que papel a
escola vem desempenhando?”, “Onde ela precisa ser melhorada?”,
“ Como estão as relações entre a escola e a comunidade em
geral?”, “Como estão as condições físicas e materiais da
escola?”. Para cada análise e discussão, procurou-se estabelecer
se as condições estão satisfatórias ou não; onde é preciso
melhorar e a indicação das prioridades, que ficaram assim
definidas:
- Fazer com que a inclusão dos alunos com necessidades especiais seja realmente significativa, através de um atendimento contínuo das dificuldades dos alunos e do oferecimento de respostas educacionais adequadas, pois nossa Unidade Escolar conta com quatro turmas de alunos com necessidades especiais que frequentam oficinas pedagógicas no contra-turno do ensino regular e necessitamos que esse projeto seja realmente efetivo e eficiente na garantia da aprendizagem dos alunos e no combate à discriminação e ao preconceito. Além disso, esses alunos precisam de atividades diversificadas que facilitem o aprendizado e possam desenvolver suas capacidades emocionais, cognitivas, lógicas e atitudinais, respeitando as suas diferenças;
- Buscar parcerias e condições para que as oficinas extracurriculares possam desenvolver competências e habilidades relativas a educação para o trabalho. O nosso alunado possui idade superior a 17 anos e está em busca da inserção no mercado de trabalho e por isso precisamos buscar parceiros na comunidade local que possam nos ajudar a oferecer cursos pré-profissionalizantes que desenvolvam aptidões sociais, físicas e emocionais para o exercício do trabalho ou que ofereçam oportunidades de emprego;
- Dinamizar a biblioteca da escola, promovendo ações para a compra e aquisição de mais exemplares de livros diversos, pois estamos precisando proporcionar aos nossos alunos o contato com material de leitura diversificado, já que foi observado que esse material é ausente na maioria dos lares domésticos de nossa clientela. Precisamos então, verificar os custos dessas ações e quais serão os financiamentos dessas atividades;
- Buscar dados dos indicadores externos como MEC (Ministério da Educação), INEP (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira, do MEC), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e IBEB (Indice de Desenvolvimento da Educação) para que possam orientar as ações a serem implementadas. Os dados coletados, como taxas de escolarização, escolaridade dos pais, distorção idade/série, repetência, evasão de alunos, desempenho dos alunos nas avaliações externas irão compor elementos que nos permitirão estalecer outras metas a serem sugeridas no nosso plano de intervenção.
É
importante destacar que a nossa maior prioridade é desenvolver a
relação entre a escola e a família dos alunos e entre a escola e a
comunidade em geral e essa integração escola-família-comunidade
será realizada através de reuniões previamente agendadas no
Calendário Escolar onde serão discutidas ações e estratégias
para que nossas prioridades possam ser alcançadas.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL,
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Conselho
Escolar e o financiamento da educação no Brasil. Brasília,
DF, 2006.
BRASIL,
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
Conselhos Escolares: uma estratégia de gestão democrática da
escola pública. Brasília: DF, 2004.
VEIGA,
I.P.A. Projeto Politico Pedagógico da Escola: uma construção
possível. 10ªed. Campinas, SP: Editora Papirus, 2000.